Vaietse

12-02-2011 20:23

 

Resumo da Parashá

A Parashat Tetsavê Resumida

Seguindo-se aos mandamentos detalhados da porção da última semana a respeito da construção do Mishcan, a parashat Tetsavê começa com a mitsvá diária dada a Aharon e seus filhos de abastecer a menorá no Mishcan com puro azeite de oliva.D'us descreve a Moshê as vestes especiais que devem ser usadas pelos Cohanim durante o serviço, tecidas e adornadas com materiais doados pelo povo. Os Cohanim comuns envergavam quatro vestimentas especiais, ao passo que quatro vestes adicionais deveriam ser vestidas exclusivamente pelo Cohen Gadol. Todos os Cohanim vestiam:
  1. O ketonet – uma túnica longa de linho;
  2. Michnasayim – calções de linho;
  3. Mitznefet ou migba’at – um turbante de linho;
  4. Aynet – uma longa faixa ao redor da cintura. Além disso, o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) vestia:
  5. O efod, uma veste similar a um avental, feita de lã azul, roxa e vermelha, linho e fios de ouro;
  6. O choshen – um peitoral contendo doze pedras preciosas inscritas com os nomes das doze tribos de Israel;
  7. Me’il – uma capa de lã azul, com sinos de ouro e romãs decorativas na barra;
  8. O tsit – uma placa de ouro usada sobre a testa, com a inscrição "Sagrado para D’us".

A porção da Torá então transfere sua atenção aos mandamentos de D'us referentes ao melu'im, inauguração ritual para o Mishcan recentemente construído, a ser realizada exclusivamente por Moshê por sete dias.Tetsavê também inclui as instruções detalhadas de D’us para a iniciação de sete dias de Aharon e seus quatro filhos – Nadav, Avihu, Elazar e Itamar – no sacerdócio, e pela construção do Altar de Ouro sobre o qual o ketoret (incenso) era queimado. Todas estas ordens são na verdade realizadas na porção conclusiva de Shemot, Parashat Pekudê

TETZAVE - “Ordena” (Êxodo 27:20 a 30:10)(Êxodo 27:20, 21) – “VEATA TETZAVE ET B'NEI ISRAEL” (Tu ordenas aos filhos de Israel)• Só ouve a voz de D'us que está disposto a ouvir a voz dos servos de D'us. É Moisés quem ordena, mas segundo a vontade do Eterno e assim que não atendê-lo está na verdade rejeitando o próprio D'us Todo Poderoso. Todo genuíno representante do Eterno tem esta incumbência.
• Duas estruturas: O Sacerdote e o Profeta. A linhagem dos sacerdotes (Cohanim) inspiram a importância da descendência e da continuidade das promessas de D'us para Israel. Posteriormente surgirão outros casos semelhantes como a dinastia e a descendência do Messias através de David, que trouxe esta honra para a tribo de Judá. Além de que, Israel como um todo é considerada uma nação escolhida e sacerdotal. Estas linhagens e dinastias surgirão pelo ato de homens que pela sua atitude foram chaves para o início deste chamado, como foi o caso de Abraão, Arão, os levitas e o rei David. Porém o Eterno manteve uma porta aberta para o surgimento de outros homens que através da sua busca e fidelidade se tornaram instrumentos do Eterno, embora não estivessem ligados a uma linhagem ou dinastia específica. Entre eles destacam-se os profetas e os juízes. Nestas funções surgiram homens de todas as tribos que refletiram a luz Divina por terem se tornado instrumentos do Eterno. Através do Mashiach muitos também foram chamados entre as nações, e se tornaram homens e mulheres de D'us que também refletiram a luz Divina através do Messias Yeshua. Todos fazem parte e participam dos propósitos de D'us e nenhum deles deve desprezar os outros, pois todos apenas refletem a luz Divina que procede do Eterno, e flui através do Messias Yeshua.As vestes sacerdotais refletem aspectos fundamentais do relacionamento do homem com o Eterno, a fim de que ele tenha uma comunhão perfeita com D'us.• As vestes apontam para o Mashiach. Ele é o sumo sacerdote espiritual do Eterno, segundo uma ordem espiritual que deu origem a ordem sacerdotal terrena, através de Melkisedeque.
• As vestes apontam para um processo de consagração. A consagração leva uma pessoa a se tornar mais parecida com o Messias, que é o nosso modelo para alcançarmos um estado aceitável diante do Eterno.
• As quatro cores: Branco, Azul, Vermelho e Púrpura refletem a Consagração, o Reino dos Céus, a necessidade de Expiação a fim de que o homem permaneça na presença do Eterno, e o Reinado do Messias sobre a terra.
• O sino. É uma lembrança de que o Eterno se preocupa conosco e está sempre vigiando nossas vidas.
• A consagração. Envolve o sangue de um novilho e dois carneiros, o matza, o azeite e o Mikvê. O sacerdote entra no santo dos santos com azeite de unção na cabeça e sangue na orelha direita, no polegar da mão direita e no polegar do pé direito e com a roupa salpicada de sangue. Ele também carregava para dentro do Santo dos Santos um incensário que enchia o lugar com o aroma do incenso. A roupa não era lavada e assim era confeccionada uma nova veste cada vez que era necessário. Não havia nenhum assessório para os pés, pois ao tocar o chão o sacerdote lembrava que veio do pó, evitando o orgulho em razão de participar e ser instrumento do Eterno em meio a toda aquela glória que se manifestava pela presença de D'us.3ª PARTE: Êxodo 28:13-21 e 29,30. As pedras representam as doze tribos de Israel e revelam muitos segredos.• Yeshua, o Messias é a pedra principal. A pedra principal de uma construção e a pedra que sustenta todas outras pedras. Assim ele é representado pelo ouro, que dá o suporte para o peitoral.
• As pedras preciosas representam literalmente as doze tribos de Israel. Por extensão representam a nação de Israel e os escolhidos entre as nações que se converterão ao Eterno através do Testemunho do Messias Yeshua.
• As pedras precisam ser lapidadas antes de serem colocadas no peitoral. Todos somos potencialmente pedras preciosas, mas como as pedras precisamos permitir que o Eterno venha a nos lapidar. Precisamos nos render a Ele e nos submeter a este processo. Não perderemos a nossa identidade que está ligada a nossa essência, porém muitas coisas que acabaram se agregando a nossa maneira de viver, as quais são contrárias aos princípios de D'us serão corrigidos. Isto inclui os defeitos da nossa personalidade e do nosso temperamento, a correção do nosso caráter, a nossa maneira de pensar e os nossos hábitos e maneira de dirigir a vida.
• A beleza do peitoral está na variedade das pedras. Quando somos lapidados passamos a fazer parte do grupo de servos do Eterno. Cada um tem suas peculiaridades, e assim são usados de acordo com os propósitos de D'us. A beleza do peitoral está na variedade das cores e cada uma refletia de forma especial fazendo que o conjunto das pedras se tornasse tão bonito e excelente.
• Cada pedra refletia a luz Divina segundo a necessidade do momento. Cada pedra tinha um nome de uma tribo de Israel, e era acrescentado o nome de Abraão, Jacob e Isaque (Abraham, Itzchak e Iaakov) na primeira pedra e a frase: Tribos de Yeshurum (Shiv'tei Yeshurun) na última pedra, a fim de que o peitoral tivesse todo o alfabeto hebraico. Assim, às vezes o Eterno fazia brilhar sua luz em algumas pedras, para que através das letras que estavam nelas, fossem revelados segredos para os sumo sacerdotes. Eram coisas que o sumo sacerdote tinha perguntado ao Eterno ou coisas que o Eterno queria revelar ao sumo sacerdote. Da mesma forma cada um de nós como uma pedra lapidada, não devemos nos comparar com as outras pedras lapidadas. Às vezes brilharemos mais, e às vezes outras pedras brilharam mais do que nós. Porém, o mais importante é que a luz Divina brilhe através de todos nós revelando ao mundo o Mashiach que por sua vez levará as pessoas a se converterem no Eterno. De qualquer forma apenas refletimos a luz Divina e só nos tornamos instrumentos do Eterno porque Ele nos lapidou e nos fixou no Mashiach, a fim de nos tornamos servos do D'us vivo e Todo Poderoso.

Esta porção semanal traz a ordem Divina para o Povo Judeu produzir azeite para a Menorá, que era usada no Mishcán (o santuário portátil) e para fazer as roupas para os Cohanim, os sacerdotes. Depois seguem as regras para a consagração dos Cohanim e do Altar Externo. A porção conclui com as instruções para a construção do Altar onde será oferecido o incenso.

 A Torá declara: “E você (Moshe) deve ordenar ao Povo de Israel que lhe tragam azeite de oliva puro, para iluminação, para manter acesa a lâmpada contínua (Shemót, 27:20)”. O Midrásh (coletânea de comentários sobre a Torá) comenta sobre este versículo que o Todo- Poderoso não precisa desta luz, mas nós, contudo, devemos acender uma luz para Ele, da mesma forma que Ele criou e mantém acesa a luz para nós. O Midrásh faz uma analogia com duas pessoas, uma cega e a outra não, que andavam juntas. A pessoa que enxergava guiou a cega por todo o caminho. Quando chegaram ao seu destino, aquele que enxergava disse ao cego para apertar o interruptor e acender a luz. “Quero que me faça isso”, disse ele, “para que não sinta um débito de gratidão por tudo o que fiz por você. Agora você também está fazendo algo por mim”. O rabino Yerucham Levovitz (Polônia, 1874-1936) explicou que daqui aprendemos o que é um verdadeiro ato de bondade. Existem muitos motivos que uma pessoa pode ter quando faz favores para outro. A essência da prática da bondade é fazê-la sem nenhuma expectativa de receber algo em retorno. Este Midrásh deve ser o nosso guia para quando fizermos um favor a outra pessoa. Nossa atitude deve ser voltada a ajudarmos o próximo sem esperar qualquer demonstração de gratidão em retorno. Muitas pessoas sentem um forte ressentimento em relação àqueles que não demonstram nenhum sinal de gratidão pelo que fizeram por eles. Embora a pessoa beneficiada deva sentir gratidão, alguém que beneficia os demais apenas pelo propósito de beneficiá-los e ajudá-los estará livre destes sentimentos negativos em relação a alguém que não retribui ou expressa seu agradecimento. Mais ainda, uma pessoa elevada fará o máximo para que a pessoa que está recebendo sua bondade sinta-se livre de qualquer obrigação em relação a ele/ela.